08.09.2014 - 15:26h
Projeto de Alargamento da Faixa de Areia é apresentado á comunidade
Na noite da última quinta-feira (4), aconteceu a Audiência Pública pertinente ao projeto de alargamento da faixa de areia da Praia Central, de Balneário Camboriú. A Fundação do Meio Ambiente (FATMA) realizou a reunião pública com o intuito de conhecer o projeto e ouvir a opinião e dúvidas da população. A sessão contou com a participação da comunidade que compareceu em peso no Centro Eventos Itália (Cine Itália). Aproximadamente mil pessoas compareceram.
A solenidade, conduzida pelo presidente da FATMA, Alexandre Waltrick Rate, iniciou com o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Renato Dias, Piriquito, dando as boas vindas a todos os presentes no Cine Itália. O prefeito ressaltou que esta é uma obra discutida pela comunidade há muitos anos. Se a for aprovado em tempo hábil, o engordamento da faixa de areia da Praia Central deve acontecer em 2015, sem prejudicar a temporada de verão. e a reurbanização. A reurbanização da Avenida Atlântica acontece em 2016.
A Administração Municipal buscará auxílio dos Governos Federal e Estadual para realização do alargamento. Caso não consiga esses recursos, a Prefeitura possui condições para custear as obras. “A Prefeitura de Balneário Camboriú tem condições para arcar com os custos da obra, por se tratar de uma obra que influencia a qualidade de vida dos munícipes. Tenho a certeza também que os benefícios a longo prazo, irão superar qualquer impacto causado momentaneamente”, ressalta o prefeito.
Após o prefeito Edson Piriquito, foi a vez do Secretário de Planejamento Urbano e Gestão Orçamentária, Auri Pavoni, apresentar os objetivos do projeto de engordamento da faixa de areia da Praia Central. "As obras irão melhor receber os turistas e trazer mais conforto para banhistas, além de prolongar o horário do banho de sol e prática esportiva. Irá prevenir o avanço das marés e aumentará o espaço destinado ao lazer, com a reurbanização da Avenida Atlântica", informou Pavoni.
O oceanógrafo da empresa consórcio Acquaplan/Prosul, responsável pela elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima), necessários para a obtenção de licenças para a obra de alargamento da faixa de areia, Fernando Luiz Diehl, apresentou os detalhes dos estudos realizados da praia. Explicou que todas as etapas dos estudos, desde análises sedimentares, fauna marinha, quanto a água, areia e aos redores. Diehl garantiu que a obra de engordamento da faixa de areia tem a duração de quatro a cinco meses, ou seja uma obra rápida que não causará danos permanentes. “Se as obras forem executadas conforme os estudos, a praia manterá as características” conclui.
Dúvidas da comunidade
Após explicação do projeto e de como irão funcionar as obras, a FATMA abriu as palavras para a comunidade. A maior preocupação demonstrada foi a respeito das características referentes a areia, ondas e vida marinha. O oceanógrafo Fernando Diehl assegura que o perfil praial vai ser apenas transferido 90 metros para frente, sem alterar qualquer característica da praia. "A característica de face será a mesma, porém com perfil mais longo", explicou.
O também oceanógrafo da Acquaplan, João Thadeu Menezes, ressaltou que em um primeiro momento as ondas podem sofrer modificações. “Isso pode acontecer após a conclusão das obras, até que os sedimentos se adaptarem. O que pode levar de dois a três meses para voltar 100% ao normal”, explica Menezes. Ambos os oceanógrafos asseguram que, para que as características da praia sejam as mesmas, é preciso que a empresa licitada realize as obras como está no projeto. E contam com a fiscalização e monitoramento para que o projeto seja seguido a risca.
Quando questionado sobre a fauna presente no local, Diehl, que também é morador de Balneário Camboriú, afirmou que nos primeiros momentos é possível que haja o desaparecimento de algumas espécies. “A tendência é de que, se a obra for saudável, a fauna irá se restabelecer”, explica Diehl. A população questionou também sobre a erosão da praia. “A praia não passa por processo de erosão a longo prazo. Nos momentos que ocorrem, o processo é restabelecido, a obra no local não vai alterar isso”, conclui.
A balneabilidade foi outro ponto levantado. E o secretário de Planejamento, Auri Pavoni, garantiu que a Praia Central possui aproximadamente 90% de água própria para banho. “Nossa praia melhorou muito no quesito de balneabilidade. Isso se deve aos investimentos em drenagem pluvial, a retirada dos 43 extravasores e à implantação do sistema de saneamento”, explica Pavoni. A Acquaplan reforçou que as obras de engordamento da faixa de areia não influenciam na balneabilidade.
Pavoni também salientou que o aumento da faixa de areia visa melhorar a qualidade de vida. “O engordamento da faixa de Areia da Praia Central irá melhorar a qualidade de vida da população. A obra é feita para as pessoas, com espaços que as mesmas possam utilizar. Em cinco anos, várias ações foram realizadas na parte estrutural da cidade, como rede esgoto, implantação de ciclovias e ciclofaixas. Buscamos cada vez mais humanizar Balneário Camboriú e planejar a cidade para oferecer uma melhor qualidade de vida”, enaltece o secretário.
Questionado a respeito dos outros setores que possam ser afetados, o secretário ressaltou que as discussões estão sendo realizadas na revisão do Plano Diretor.. “A princípio a construção civil na quadra da praia não deve impactar em nada, pois quase não há mais terrenos a disposição para construção. Sobre a altura de prédios e outros fatores, tudo pode e deve ser debatido no Plano Diretor, assim como outras áreas como serviços urbanos em geral", salientou Pavoni.
Após a FATMA autorizar a licença ambiental para realização das obras, será aberta a licitação para empresas de nível internacional, que preenchem os quesitos técnicos necessários para a execução da obra. "Vamos deixar claro em edital que esta empresa precisa der totalmente capacitada para executar uma obra deste porte", informou Pavoni.
Estiveram presentes representantes do consórcio Acquaplan/ProSul; a diretora de Licenciamento da FATMA, Ivana Becker; o gerente de Avaliação de Impacto Ambiental da FATMA, Daniel Vinicius Netto; o presidente da Câmara de Vereadores, Nilson Probst, e demais membros da Casa Legislativa; presidentes e representantes de entidades de classe, associações e instituições diversas; estudantes; imprensa; comunidade em geral.
Prefeitura de Balneário Camboriú
Secretaria de Planejamento Urbano e Gestão Orçamentária
Texto: Marcelo Martim (estagiário)
Foto: Celso Peixoto
Assessoria de Comunicação: (47) 3267-7022
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