28.08.2014 - 14:43h
Tratamento de saúde mental é oferecido no município
O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II é uma unidade especializada que oferece tratamento para adultos que sofrem transtornos mentais graves e moderados, no município. A unidade trabalha em todas as etapas por meio de atividades variadas, promovendo meios de resgate da cidadania e reinserção social do indivíduo acompanhado.
O Caps II é composto por uma equipe interdisciplinar formada por enfermeiros, técnicos de enfermagem, médico psiquiatra, clínico geral, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social, para oferecer qualidade no serviço. Mensalmente, são realizados em média 900 atendimentos. Em julho, foram 941. Os prontuários abertos hoje são 2600. Entre os tratamentos realizados estão consultas médicas, terapia individual, avaliação terapêutica, consulta de enfermagem e assistência social.
São atendidos os encaminhamentos feitos pelo clínico geral, que verifica se há a necessidade do tratamento. De segunda à quinta-feira é feito o acolhimento que se trata do primeiro atendimento. A equipe verifica as necessidades de quem busca o serviço e encaminha o indivíduo para o tratamento adequado. O acolhimento é realizado das 7h30min às 9h e das 13h30min até as 15h. Menores com idade até 17 anos, que necessitam de tratamento, são atendidos no Posto de Atenção Infantil (PAI).
Entre as atividades realizadas na unidade estão os grupos terapêuticos e as oficinas terapêuticas, onde são desenvolvidas atividades para a melhora do indivíduo como um todo. Ambos possuem 10 a 12 pessoas em tratamento. Ao todo, são três oficinas e sete grupos terapêuticos que acontecem diariamente. Nas oficinas são realizadas atividades como música, recortes e colagem, pintura em tecido, fuxico, miniaturas em argila e outros tipos de artesanato com foco terapêutico. Em 2013, os alunos também fizeram pintura em tela e tiveram a oportunidade de demonstrar seus sentimentos por meio da arte. Quem ministra as oficinas é uma professora voluntária.
Os grupos dos turnos matutino e vespertino são coordenados por um psicólogo. Têm o acompanhamento de um assistente social e de um terapeuta ocupacional. “Pensamos no tratamento não somente medicamentoso, portanto os grupos existem como forma de mais efetiva de tratar”, destaca a psicóloga da unidade, Juliane de Moliner. A psicóloga comenta que buscam sempre perfis parecidos para formar os grupos, para que tenham mais afinidade. Ao final das atividades há a colaboração de um treinador físico, que oferece exercícios para os tratados após a oficina. “Acreditamos que os exercícios estão ligados à emoção, e o tratamento é do todo”, declara Juliane.
A agente de saúde e participante de um dos grupos, Jaqueline Aparecida Manfredini, conta que cuida de dois idosos em casa com Alzheimer e afirma que o grupo foi uma maneira de encontrar forças. “O grupo me ajuda a lidar com as minhas situações, é o que me deixa em pé, foi a forma que encontrei para seguir”, declara. Jaqueline ainda comenta que no grupo elas conversam, expõem seus problemas e trocam experiências.
A coordenadora do Caps II, Helena Okopnik, destaca a importância do serviço para a comunidade em geral. “Oferecer serviços de saúde mental é importante pois o sofrimento psíquico altera toda a estrutura familiar, e também aconselhamos o conjunto família”, explica. Helena comenta que as famílias não estão preparadas para tais situações e que o Caps oferece todo o suporte necessário. “O sofrimento vai além de quem busca ajuda”, declara a coordenadora. O prefeito, Edson Piriquito, salienta valor deste trabalho. “Lidar com o sofrimento das pessoas e auxiliar o próximo é um dos grandes exemplos de que a humanização é algo que acontece na prática”, aponta.
A coordenadora ainda acrescenta que trabalham com algo delicado e realizam as avaliações com cuidado para conseguir a resolução. “O atendimento é mais individualizado, dependendo da necessidade da pessoa”, explica. O Caps possui médico psiquiatra para o tratamento, mas caso o atendido tenha a necessidade de outro especialista como um neurologista, por exemplo, a unidade faz ponte com a rede de saúde e realiza o encaminhamento. Helena comenta que estão organizando o espaço físico para melhor atender a demanda. “Queremos oferecer um local adequado e alegre para as pessoas”, finaliza.
O Caps II está localizado na Rua Dom Henrique, n° 860, Bairro Vila Real. O horário de atendimento é das 7h às 19h sem intervalo para almoço.
Mais informações pelo telefone do Caps II: (47) 3361-9311
Prefeitura de Balneário Camboriú
Secretaria de Saúde e Saneamento
Texto e Fotos: Gerusa Florencio (estagiária)
Assessoria de Comunicação: (47) 3267-7022
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