19.01.2014 - 13:53h
CCPU alerta sobre perigos com caramujos africanos
O Controle de Pragas Urbanas de Balneário Camboriú (CCPU) alerta a comunidade sobre os perigos com o caramujo africano. Na temporada de verão é comum o aparecimento de pragas urbanas, por causa da elevação da temperatura e da chuva. O acumulo de lixo e entulhos em residências favorece o surgimento dos caramujos. São em áreas de vegetação e terrenos baldios que essas espécies se proliferam com mais facilidade.
O coordenador do CCPU, Márcio Cristiano Passing, explica que a situação dos caramujos africanos está sob controle em nossa região, mesmo assim é preciso a conscientização da população para evitar a proliferação do molusco. “Desde o início do verão obtivemos apenas dois registros de caramujos, mas é bom alertar os moradores sobre a limpeza em terrenos baldios para não haver proliferações dessas espécies”, salienta.
O CCPU faz a vistoria nos terrenos, localiza os proprietários e repassa as devidas orientações sobre os procedimentos corretos para a eliminação do caramujo africano. No mesmo momento é feita a intimação para efetuarem a limpeza do local. “Caso não ocorra no prazo determinado, o proprietário será autuado”, afirma Passing. Em alguns casos, o CCPU trabalha em conjunto com a Secretaria de Obras para realizar a limpeza e a exterminação do molusco. A equipe de profissionais do CCPU atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
Saiba sobre o caramujo africano
É um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África. Quando adulto, atinge 15 cm de comprimento, 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total. Foi introduzido no Brasil para ser comercializado como escargot. Ele ataca e destrói plantações, hortas e jardins e sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de telhas e de tijolos.
Riscos para a saúde
O contato com o caramujo africano pode causar duas doenças. A angiostrongylus cantonensis, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso, dor abdominal, febre prolongada e vômitos. E a angiostrongylus costaricensis, conhecida como angiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.
Alguns cuidados para o controle do caramujo africano
A principal providência a ser tomada é a catação manual com o uso de luvas ou sacos plásticos. A catação deve ser realizada no início da manhã ou no final da tarde, horário em que o caramujo está mais visível por se alojar em ambientes úmidos e se esconder do sol. Os caramujos devem ser incinerados (queimados) com a maior segurança possível e, em seguida, devem ser esmagados, pois a sua concha pode acumular água e servir de abrigo para as larvas do mosquito da dengue. Por último, é necessário enterrar em uma vala de um metro. Este procedimento deve ser realizado longe de redes de captação de água, poços ou mananciais.
Recomendações com a limpeza nos terrenos baldios
O acondicionamento correto do lixo evita a proliferação de roedores, insetos e animais peçonhentos. O lixo deve ser colocado dentro de sacos plásticos resistentes, sendo que estes devem ser dispostos em tambores dentro da lixeira. A lixeira deve ser limpa periodicamente, sendo proibido o despejo das águas da lavação em via pública. Não jogar lixo, entulho e restos de construção em terrenos baldios. Manter terrenos baldios sempre roçados, pois a vegetação alta torna-se foco para proliferação de ratos, baratas, caramujo africano, cobras, aranhas entre outras pragas. Proprietários de terreno baldio devem, como medida preventiva, murar ou providenciar a colocação de tela como forma de evitar que os mesmos sejam utilizados por terceiros principalmente como depósito de lixo.
Informações no Centro de Controle de Pragas Urbanas, com o coordenador Márcio Cristiano Passing no telefone (47) 3366-4593.
Prefeitura de Balneário Camboriú
Secretaria de Saúde e Saneamento
Assessoria de Comunicação
Texto: Emily Prado
Foto: cedida pelo CCPU
Contato: (47) 3267 7022
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