PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

O Ministério da Saúde alterou nesta semana a faixa etária de doadores de sangue, ampliada para 69 anos de idade, e tornou obrigatória a realização do teste de ácido nucleico (NAT), tornando-o reconhecido oficialmente. Em Balneário Camboriú, os doadores de sangue para o Hospital Municipal Ruth Cardoso (RHMC) podem se cadastrar por meio do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) de Blumenau, que está se adequando para utilizar o novo sistema. A atual faixa etária para doação é de 16 a 69 anos.

De acordo com a coordenadora da Agência Transfusional do HMRC e bioquímica responsável pelo setor, Cheila Maria Toss, em Santa Catarina o serviço do Hemosc está cadastrando o contato das pessoas. “Eles estão aguardando a atualização no Estado para iniciarem as coletas por todas as regiões. Mas a comunidade já pode deixar um telefone para os servidores do Hemosc entrarem em contato assim que entrar em vigor”, conta. Ela reforça ainda, que o teste NAT já era realizado.

Alexandre Geraldo, é o coordenador da Divisão Técnica do Hemosc em Blumenau, que é ponto de apoio de Balneário Camboriú. Ele explica que esta demanda já estava sendo estudada há algum tempo pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “É uma tendência mundial que vem ocorrendo. Com o aumento da expectativa de vida o Ministério ampliou a faixa etária para que mais pessoas possam doar sangue, ou até mesmo para quem já tem essa prática, que possa seguir doando por mais tempo”, salientou. O coordenador conta ainda que a preocupação para “o aumento do estoque de sangue é a principal consequência disto. Atualmente, temos uma escassez em SC pois o percentual é menor do que o esperado pela OMS, que estabelece 3% de doadores, porém, o índice atual do Estado está com média de 2,6%”.

Teste NAT
Segundo o Ministério da Saúde, todo sangue coletado no país deverá passar obrigatoriamente pelo teste NAT para a detecção dos vírus HIV e da Hepatite C. O sangue deve ser submetido ao exame no momento da coleta. O exame reduz a chamada “janela imunológica” para a identificação mais rápida destes vírus. Desde 2011, o NAT está em fase de implementação por meio do desenvolvimento gradativo de tecnologia nacional, sem importação de produtos e com rigorosos processos que garantem a qualidade do sangue. O NAT brasileiro é produzido pelo laboratório público Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Texto: Tamiris Schlegel (estagiária)
Fotos: Celso Peixoto
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