PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

A Defesa Civil de Balneário Camboriú está em estado de alerta, por isso, a Prefeitura montou uma força tarefa que visa minimizar o impacto causado na cidade, devido às fortes chuvas que se abateram no início da noite de quarta-feira (3) e madrugada de quinta-feira (4). “Nossas equipes estão atuando de forma incansável, monitorando e vistoriando toda a cidade e ajudando e orientando a nossa comunidade, por isso, só tenho a agradecer todos os nossos colaboradores que não pouparam esforços para que a nossa cidade voltasse à normalidade o mais rápido possível”, ressaltou o prefeito Edson Renato Dias, Piriquito.

Conforme o diretor da Defesa Civil, Diogo Catafesta, foi um grande volume de água em um curto período de tempo. Segundo afirma, em menos de 24 horas "choveu o equivalente a 217 milímetros, 170 milímetros nas seis primeiras horas de pico de chuva. No ano de 2008 foi registrado um volume total de 234,6 milímetros de água, no período de 48 horas", declarou. 

“Monitoramos e acompanhamos nos locais todas as situações que ocorreram na cidade. Houve momentos críticos, nos quais a chuva era muito intensa e causou diversos pontos de alagamento na cidade, inclusive, como o solo estava encharcado, em alguns pontos houve movimentação de terra, como é o caso da Estrada da Rainha e algumas ruas no bairro das Nações”, explicou.

Segundo Catafesta, devido ao deslocamento de terras no bairro das Nações, duas casas na Rua Paraguai foram atingidas, sendo que uma foi parcialmente destruída. Na Rua Irlanda do Norte, quatro casas foram atingidas, alguns moradores foram para casas de parentes, e duas famílias foram abrigadas no Centro Educacional Municipal Antônio Lúcio. Na Rua Nepal, um muro caiu em cima de um carro. Devido ao grande volume de água no Rio Peroba, no período da manhã de quinta-feira (4), várias ruas do bairro dos Municípios, entre a Quinta e Sexta Avenidas, foram interditadas por questão de segurança.

O secretário de Planejamento, Auri Pavoni, também acompanhou de perto as situações, e comenta que desde que foi implantado o sistema de rede pluvial não havia ocorrido uma chuva tão intensa, com um volume grande de água na cidade. “Os investimentos feitos nas galerias deram resultado, no entanto, o volume grande de água fez com que houvesse alguns pontos de alagamento na área central da cidade, mas o que conseguimos observar é que quando a chuva cessou, a água seguiu o curso rapidamente”. Pavoni complementa frisando que ainda há necessidade de algumas obras, principalmente no alargamento do Rio Peroba. “O ribeirão estava cheio, as galerias cheias, não tinha como a água ser canalizada para o mar, por isso, vamos continuar nos empenhando para que seja feita a obra de alargamento do leito do rio, para que ele passe de seus atuais nove metros, aproximadamente, para cerca de 25 metros”, destacou.

Segundo o secretário de Obras, Elton Garcia, as ações foram realizadas de forma conjunta e intensa com as secretarias, no atendimento e orientação à comunidade. Ele informou que os bairros mais afetados com as chuvas foram o Iate Clube, Municípios, Nações e a região central. “É uma força tarefa, repartimos as equipes para agir de forma mais eficaz, tanto no sentido de apoio à comunidade, como na limpeza e recolhimento de entulho que se fizeram necessários”, explicou. Para o secretário, o fato de ter sido feita a limpeza nas margens do Rio Peroba recentemente, ajudou para que não houvesse maiores proporções no bairro dos Municípios.

Conforme o secretário de Gestão em Segurança e Incolumidade Pública, João Olindino Dão Koeddermann, os profissionais da segurança também agiram de forma incansável na orientação e apoio aos cidadãos. “Tivemos que interditar algumas vias por causa do grande volume de chuva, mas à medida que a água baixava, o trânsito era liberado”, comentou. Por medidas de segurança, a Estrada da Rainha foi interditada durante a madrugada de quinta-feira (4). “Nossa prioridade é a vida, por isso, quando a região foi monitorada e se observou uma movimentação de terra atingindo um poste de energia elétrica, optamos em fechá-la por precaução”, explicou. 

O secretário de Educação, Nelcy Brandt, disse que os 17 centros educacionais municipais e os 26 núcleos de educação infantil foram monitorados, mas os únicos que apresentaram problemas foram do bairro dos Municípios -Núcleo Santa Inês e Centro Educacional Municipal Thomaz Francisco Garcia -,  e no bairro Vila Real  - no Centro Educacional Municipal professor Armando César Ghislandi. “Não houve grandes problemas nas estruturas, e já estamos atuando para retorne o atendimento normal o mais rápido possível. O único problema que tivemos foi que alguns funcionários residem em cidades vizinhas e tiveram suas casas atingidas pela água. No entanto,  adaptamos as atividades para atender a demanda”, salientou.

O secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, Luiz Maraschin, também esteve em alerta com sua equipe, acompanhando os casos emergenciais, em conjunto com a equipe do Departamento de Controle de Degradação Ambiental e Ocupação Irregular (Cuida). Ele afirmou que até o momento não houve nenhuma emergência que necessitasse atendimento específico à famílias. “Estamos acompanhando todas as famílias, para em caso de encaminhamento, sejam tomadas as medidas cabíveis. No entanto, ainda não houve necessidade de atendimento direto”, enfatizou.

De acordo com o diretor geral da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), Valmir Pereira, mesmo com a grande quantidade de chuva, a captação de água não apresentou problemas. "Tudo está funcionando normalmente e o reservatório está em 85% de abastecimento", complementou.

Na saúde, as unidades de saúde estão todas funcionando normalmente. A secretária Paula Piccoli Merico disse que o obstáculo foi a falta de funcionários, inclusive no Hospital Municipal Ruth Cardoso, pois como no setor de educação, alguns moram nas cidades vizinhas e tiveram suas residências afetadas pela água, no entanto, o atendimento não foi comprometido.

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Texto: Alessandra Damaceno
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