31.01.2013 - 13:31h
Sem dinheiro do Governo do Estado hospital municipal pode fechar, alerta Piriquito
O prefeito Edson Renato Dias, Piriquito, entregou ao Secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, nesta terça-feira (29), ofício que alerta as autoridades do governo sobre o risco de fechamento do Hospital Municipal Ruth Cardoso (HMRC), de Balneário Camboriú. O documento oficia que, sem recursos para o custeio das despesas, a unidade será modificada, passando a funcionar no máximo como ambulatório e sem pronto socorro.
Na comitiva do prefeito, estavam a secretária municipal de saúde, Paula Piccoli, o chefe de gabinete, Edésio Marcelino, e os vereadores, Arlindo Cruz, Roberto Souza Junior e Nilson Probst, presidente do legislativo. A audiência também teve participação do Deputado Manoel Motta. O HMRC é mantido pela prefeitura e atende, além da população local, pacientes de cidades da região.
Piriquito disse ao secretário estadual de saúde que, se o Governo do Estado não se posicionar em 90 dias sobre a definição do repasse de verbas para o pagamento das despesas do hospital, a unidade será desativada. "Não é justo que a população de Balneário Camboriú pague essa conta", observou o prefeito. Atualmente a prefeitura gasta por mês cerca de R$ 2,4 milhões com a atividade médico-hospitalar, totalizando R$ 28,8 milhões por ano.
A prefeitura formalizou nos últimos anos diversas solicitações de apoio financeiro de pelo menos 50% de custeio e manutenção mensal do hospital, sem nenhum retorno das autoridades. “Há quatro anos buscávamos auxílio para o Hospital Santa Inês e agora solicitamos custeio para o Hospital Ruth Cardoso que, na prática, é regional. Só assim poderemos manter um hospital, mas os auxílios financeiros do Estado foram pontuais e insuficientes", acentuou Piriquito.
Paula Piccoli, secretária de saúde do município, disse que uma das alternativas é "transformar o HMRC em um hospital-dia, sem atendimento de pronto socorro". Na opinião dela “a infraestrutura hospitalar atual supre a demanda da população de Balneário Camboriú, mas o que ameaça a viabilidade é o grande número de atendimentos feitos a pacientes de outras cidades que não dispõe de serviço médico e hospitalar e que, por consequência, empurram a conta para o nosso contribuinte", completou a secretária.
Para o prefeito, caso o governo não opte pelo repasse do dinheiro para o hospital, "vamos solicitar que a Secretaria de Saúde do Estado nomeie quais hospitais públicos, ou conveniados com o SUS, substituirão o HMRC para os devidos encaminhamentos dos beneficiários do Sistema Único de Saúde", conclui Piriquito.
Prefeitura de Balneário Camboriú
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Texto: Edson Maba
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